A bolha que não estoura
Dentro da bolha, sentado em cima de um banco que parece ser feito de
madeira velha. Vejo-a flutuar lentamente em uma direção difícil de
reconhecer, mas a julgar pela posição do sol, acredito que seja para o
nordeste.
Eu vejo claramente a bolha da qual estou inserido, e enxergo através dela. Mas as pessoas que estão fora com certeza não a veem. São pessoas lindas, bem arrumadas, dirigindo os mais poderosos carros caros e se divertindo. Elas tem diversos estilos, algumas usam jeans e camisas brancas com um desenho quadriculado da moda, outras usam ternos ou vestidos curtos como quem vai à festa de gala, mas independente da variedade todas são muito bonitas. O que reparo de mais claro nelas, é que todas possuem uma invejável tranquilidade exibida em traços de calma nas expressões de seus rostos.
Depois de olhar fixamente por horas para aquelas pessoas como uma criança observa uma loja de brinquedos, percebo que o banco de madeira no qual estava sentado era na verdade uma caixa. Abro-a. Dentro está uma divisão exatamente no meio separando os lados. Do direito está uma arma de fogo, acompanhada de uma bala artificialmente pintada de vermelho. Do lado esquerdo está uma pílula de cor azul acompanhada de um copo de leite quentinho.
Não quero decidir imediatamente o que fazer, então com o intuito de deixar as ideias madurarem em minha mente volto a observar as pessoas.
Conforme o tempo progride em direção ao esgotamento percebo que a arma é a escolha mais prudente. Tento resistir, mas a escolha vai ficando cada vez mais certa.
Lembro da minha história, dos meus sonhos, das minhas frustrações, dos bons e maus momentos.
Tudo se revela nostálgico nesses últimos minutos.
Insiro a bala no tambor e puxo o cão. Tic. Com as mãos tremulas levo a boca do cano da arma até a minha minha cabeça. O tempo estende-se infinitamente. Segundos são horas. Puxo o gatilho.
Bang!
A bala era de festim.
As pessoas do lado de fora da bolha, que antes pareciam não poder me ver, agora passam a me encarar com uma face sarcástica, e sem parar ou ao menos mudar suas rotas, começam a dar risadas.
Depois de anos de aportes só me resta agora tomar a pílula azul com o leite quentinho, para dormir bem e acordar fora da bolha no dia seguinte.
Eu vejo claramente a bolha da qual estou inserido, e enxergo através dela. Mas as pessoas que estão fora com certeza não a veem. São pessoas lindas, bem arrumadas, dirigindo os mais poderosos carros caros e se divertindo. Elas tem diversos estilos, algumas usam jeans e camisas brancas com um desenho quadriculado da moda, outras usam ternos ou vestidos curtos como quem vai à festa de gala, mas independente da variedade todas são muito bonitas. O que reparo de mais claro nelas, é que todas possuem uma invejável tranquilidade exibida em traços de calma nas expressões de seus rostos.
Depois de olhar fixamente por horas para aquelas pessoas como uma criança observa uma loja de brinquedos, percebo que o banco de madeira no qual estava sentado era na verdade uma caixa. Abro-a. Dentro está uma divisão exatamente no meio separando os lados. Do direito está uma arma de fogo, acompanhada de uma bala artificialmente pintada de vermelho. Do lado esquerdo está uma pílula de cor azul acompanhada de um copo de leite quentinho.
Não quero decidir imediatamente o que fazer, então com o intuito de deixar as ideias madurarem em minha mente volto a observar as pessoas.
Conforme o tempo progride em direção ao esgotamento percebo que a arma é a escolha mais prudente. Tento resistir, mas a escolha vai ficando cada vez mais certa.
Lembro da minha história, dos meus sonhos, das minhas frustrações, dos bons e maus momentos.
Tudo se revela nostálgico nesses últimos minutos.
Insiro a bala no tambor e puxo o cão. Tic. Com as mãos tremulas levo a boca do cano da arma até a minha minha cabeça. O tempo estende-se infinitamente. Segundos são horas. Puxo o gatilho.
Bang!
A bala era de festim.
As pessoas do lado de fora da bolha, que antes pareciam não poder me ver, agora passam a me encarar com uma face sarcástica, e sem parar ou ao menos mudar suas rotas, começam a dar risadas.
Depois de anos de aportes só me resta agora tomar a pílula azul com o leite quentinho, para dormir bem e acordar fora da bolha no dia seguinte.
Sensacional!
ResponderExcluirPrincipalmente se o texto tiver sido escrito por vc mesmo, BI.
Abraco
Sugiro a leitura, pode ser inserida no contexto IF...
ResponderExcluirhttps://maldadedestilada.wordpress.com/2016/04/24/amigos-na-solidao/
Heavy Metal,
ExcluirObrigado pela sugestão, texto incrível.
“O conhecimento da realidade traz a verdade. A verdade liberta. O preço da liberdade? A solidão. Boa sorte.”
O conteúdo desse blog é muito bom, vou começar a acompanha-lo!
Abraçoo
Bora perder os amigos!
ResponderExcluirÓtimo texto. É bem isso mesmo.
ResponderExcluirA dica do Heavy Metal é boa.
Abçs!
Kkk muito bom,
ResponderExcluirMas eu jurava que, ou seria uma homenagem ao Mestre dos Dividendos, ou falaria sobre algum achado, algum FII com metro quadrado muito abaixo do mercado com bons contratos kkk.
Esta foto eu vejo lembro do Mestre dos Dividendos na hora.
Muito bom o texto Burgues!
Abraço
Pra sua tristeza existe estudos da Nasa com uma probabilidade de 75% de que estaríamos vivendo numa matrix dá uma pesquisada a respeito.
ResponderExcluirPortanto por máximo que você tente sair da matrix não vai rolar.
Bom o percentual não era isso tudo kkk mas era mais de 50%
ResponderExcluirProfundo haha
ResponderExcluirBurguês, se meu blog não estiver como umserlixo.blogspot.com no blogroll atualiza por favor.